Porta para cadeirante: como garantir a acessibilidade?

17 de agosto de 2018 / Postado por admin

O seu projeto de construção conta com portas que permitem fácil acesso de um ambiente por um cadeirante?

Como você sabe, acessibilidade significa acesso. Refere-se à capacidade de todos, independentemente de deficiências ou necessidades especiais, acessarem, usarem e se beneficiarem de um ambiente. É o grau em que um produto, dispositivo, serviço ou ambiente está disponível para o maior número de pessoas possível.

Fundado nos princípios do design universal, o objetivo da acessibilidade é criar uma sociedade inclusiva para pessoas com deficiências físicas, motoras, visuais, auditivas ou cognitivas. Ou seja, a acessibilidade deve oferecer a todos o acesso igualitário a um ambiente para que possam perceber, entender, engajar, navegar e interagir com todos os elementos do mundo físico. O seu projeto arquitetônico inclui portas para cadeirante?

Porta para cadeirante – O que determina a lei N° 7.405?

Segundo a lei nº 7.405, é obrigatório a colocação do símbolo internacional de acesso em todos os espaços de circulação de um prédio que possam ser utilizados por um cadeirante.

Ainda de acordo com a lei, a porta de entrada de um espaço comercial deve possuir largura mínima livre de 80 cm (oitenta centímetros) – o que só é conseguido com portas um pouco maiores a partir de 82 cm (oitenta e dois centímetros) ou tipicamente de 90 cm (noventa centímetros) por ser mais fácil de se encontrar – corredores e passagens devem possuir largura mínima de 120 cm (cento e vinte centímetros) e os elevadores devem possuir largura mínima de 100 cm (cem centímetros). Quando instaladas em locais que voltados para a prática de esportes, a porta de acesso deve ter largura mínima de 100 cm (cem centímetros).

Porta para cadeirante – outros pontos a considerar

As portas do tipo vai e vem devem possuir visor com largura mínima de 0,20 cm (vinte centímetros), localizado na parte central da porta. Esse sistema é fundamental para impedir acidentes e colisões entre os usuários.

Sensores óticos de portas automáticas devem ser ajustadas para detectar um cadeirante, assim como crianças e pessoas de baixa estatura. No caso de portas automáticas com acionamento manual, o comando deve estar a um altura média de 90 cm (90 centímetros de altura). Além disso, a porta deve ser ajustada de modo a não se fechar rápido demais

As fechaduras instaladas em todas as portas devem possuir formato de fácil pega, não
exigindo firmeza, precisão ou torção do pulso para seu acionamento, as maçanetas devem ser preferencialmente do tipo alavanca e recurvadas na extremidade e as portas de pequenos espaços devem se abrir para fora.

Embora a lei não contemple as portas dos ambientes internos de uma empresa, essas vias de acesso também devem ser acessíveis aos visitantes e a todos os funcionários da empresa, inclusive para o funcionário cadeirante. As construções antigas que não estão de acordo com os parâmetros da lei, devem ser modificadas para permitir o acesso do cadeirante.

Planejando a acessibilidade

Em última análise, a acessibilidade é melhor representada quando os recursos são incorporados como parte integrante do processo de design, arquitetura e construção de um espaço.  O ideal seria que todas as portas e espaços contemplassem as necessidades expostas acima, colaborando assim com o design universal, que não diferencia o portador de necessidades especiais.  Infelizmente, a maior parte dos projetos enquadram a acessibilidade de forma tardia e os recursos precisam ser readaptados para garantir a conformidade com a lei.

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