Arquitetura hospitalar e a prevenção de infecções
15 de setembro de 2017 / Postado por admin
Nos últimos anos, muitos centros médicos modificaram o design das suas instalações para proporcionar um ambiente mais seguro para seus pacientes.
A arquitetura hospitalar é um fator muito importante para garantir que os pacientes, especialmente os pacientes imunocomprometidos, não sofram maior risco de pegar uma infecção em um hospital do que fora dele. Como a flora microbiana de um centro de cuidados de saúde pode ser influenciada pelo seu design, os arquitetos especializados em edifício hospitalar passaram a desempenhar um papel muito importante neste aspecto.
Superfícies com risco de contaminação
As bactérias presentes nos pavimentos hospitalares consistem predominantemente em organismos presentes em tecidos cutâneos, por exemplo, estafilococos coagulase-negativos, Bacillus spp e E diptheroids. No entanto, o risco de infecção devido ao fato dos pisos estarem contaminados é pequeno.
Essas bactérias raramente são encontradas em pisos secos, mas podem estar presentes após o processo de limpeza, enquanto o piso está molhado. Mas esses organismos tendem a desaparecer à medida que a superfície seca.
A sobrevivência dos micróbios em tecidos, no entanto, é diferente: eles estão presentes em maior número nessas superfícies e representam maior risco de infecção. Portanto, cortinas e carpetes devem ser aspirados diariamente e periodicamente vaporizados. Carpetes devem ser evitados em áreas de alto risco porque o processo de limpeza pode aerossolizar esporos de fungos. Independentemente do piso escolhido para um hospital, ele deve ser facilmente lavável e resistente à água.
Em geral, microrganismos patogênicos não aderem facilmente a paredes ou tetos, a menos que a superfície esteja úmida, pegajosa ou danificada. Existem poucas evidências de que paredes e tetos sejam uma fonte importante na disseminação da infecção hospitalar.
Os revestimentos de parede devem não porosos e de fácil limpeza, especialmente em áreas onde o contato com sangue ou fluidos corporais pode ocorrer (por exemplo, laboratórios, salas de cirurgias). Os acabamentos em torno de dispositivos de encanamento devem ser lisos e resistentes à água. Além disso, as penetrações e as juntas dos tubos devem ser bem vedados.
As telhas acústicas devem ser evitadas em áreas com risco de contaminação porque podem favorecer o crescimento microbiano quando molhadas. Os tetos falsos removíveis podem abrigar poeiras e pragas que podem contaminar o meio ambiente, por isso deve ser evitado em um projeto de arquitetura hospitalar, a menos que sejam adequadamente selados tornando uma superfície única e não porosa.
Idealmente, todas as superfícies no edifício hospitalar deveriam ser lisas, não porosas e impermeáveis e fáceis de limpar e que tenham uma probabilidade mínima de acumulação de poeira.
Arquitetura hospitalar: fatores a considerar
Os profissionais de saúde devem ser frequentemente consultados para recomendar acabamentos e acessórios apropriados. Os melhores acabamentos devem duráveis e fáceis de limpar. As superfícies porosas ou texturizadas podem ser difíceis de limpar e, portanto, podem abrigar micróbios potencialmente patogênicos.
Um processo correto de assepsia das mãos é o método mais eficaz para prevenir infecções hospitalares. Toda sala de um hospital precisa de, pelo menos, uma pia. A pia deve estar tão próxima da entrada da sala quanto possível e deve ser grande o suficiente para evitar respingos.
Uma pia muito rasa pode causar a contaminação das mãos por bactérias que residem no encanamento. Cada pia deve ser equipada com um controle que possa ser acionado sem as mãos, dispensador de sabão e suporte de toalha de papel. O acesso às luvas descartáveis e um recipiente para lixo deve estar prontamente disponível.
Arquitetura hospitalar: conclusões
A arquitetura hospitalar sofreu mudanças substanciais, em grande parte, devido ao fato de pacientes debilitados representarem uma proporção crescente de internações. Como resultado, a arquitetura-manutenção-preventiva dessas instalações representam desafios únicos para arquitetos e engenheiros que são muitas vezes os únicos profissionais envolvidos no projeto de construção.
O envolvimento precoce de profissionais de saúde no processo de projeto e execução assim como profissionais de arquitetura com alta competência nesta área podem facilitar a comunicação adequada e contribuir com a segurança dos pacientes.
Em última análise, a participação em um projeto de construção ou reforma hospitalar pode servir como um marcador de como profissionais de controle de infecção; coordenadores de setor da saúde e arquitetos melhoram a qualidade do atendimento ao paciente através de fluxo e design.
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