Sustentabilidade na construção civil: opção ou obrigação?

17 de fevereiro de 2017 / Postado por admin

Atualmente, é raro encontrarmos uma pessoa que não tenha se deparado com o termo ‘sustentabilidade’. Ele já foi tão discutido e disseminado pelo mundo, devido aos desastrosos impactos que o homem gera, que até quem não o conhece tem pelo menos uma simples ideia do que seja.

Hoje, a sustentabilidade faz parte da rotina de muitas pessoas e empresas, que buscam a cada dia reverter os impactos nocivos causados por suas atividades.

Quem também esteve atenta à questão da sustentabilidade nos últimos anos foi a indústria da construção civil. A seguir, falaremos mais sobre a importância da sustentabilidade, e também se ela é considerada hoje um diferencial ou uma exigência nesse mercado. Confira!

O conceito de construção sustentável

Na Agenda 21 Global para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, um programa de ação baseado num documento de 40 capítulos, a construção sustentável está definida como ‘um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica’.

Essa definição transcende o conceito tradicional de sustentabilidade ambiental que todos nós já conhecemos, que é focada no uso consciente dos recursos naturais. Ela também aborda a sustentabilidade econômica e social, que é fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem nas comunidades instaladas ao redor dos empreendimentos construídos.

A sua importância para a indústria e para o mundo

Segundo o CIB (Conselho Internacional da Construção), a indústria da construção civil é a que mais consome recursos naturais e energia. Além desse consumo, ela também gera uma significativa quantidade de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, que são lançados diretamente na natureza. Não é à toa que o mercado da construção civil vem sendo muito pressionado nos últimos anos para minimizar os impactos que ela gera no mundo.

No passado, a sustentabilidade era vista como um diferencial competitivo, que ajudava os empreendimentos a receberem o ‘selo verde’. Mas hoje, a adoção das práticas de sustentabilidade é algo obrigatório para toda empresa que queira operar no mercado da construção civil. Somente adotando essas boas práticas é que elas podem:

– Minimizar os impactos de suas operações;
– Serem vistas com ‘bons olhos’ pelo público em geral;
– Atrair mais clientes;
– Reduzir custos;
– Conquistar uma boa posição no mercado, que está cada vez mais competitivo.

As boas práticas que devem ser adotadas

Seguem algumas boas práticas:

– Adotar conceitos de arquitetura de baixo impacto;

– Buscar soluções que auxiliem no uso racional de energia e de energias renováveis, como eólica e solar, que podem ser produzidas no próprio canteiro de obras;

– Usar a água de forma racional, não tolerando o desperdício e fazendo a captação de água da chuva;

– Reduzir ao máximo o uso de materiais que causam alto impacto ambiental, como o tijolo tradicional, que precisa ser queimado durante a fabricação;

– Utilizar estruturas pré-moldadas, como lajes, paredes e pilares;

– Tornar os projetos mais flexíveis, para facilitar futuras readequações no layout e evitar demolições.

Também é preciso pensar no pós-obra. Um empreendimento não pode ser considerado totalmente sustentável se as boas práticas forem adotadas apenas no período em que ele foi construído. A instalação de fachadas que permitem a entrada de luz solar e de sistemas de portas automáticas que mantêm o clima em seu interior, por exemplo, ajudam na economia de energia elétrica e ajudam o empreendimento a continuar sendo sustentável.

E você, o que acha a respeito da sustentabilidade no setor da construção civil? Considera que a sua adoção é opcional ou obrigatória? Deixe sua opinião nos comentários!